
A gestão de Donald Trump iniciou, com impacto, sua política de tolerância zero contra imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos. Em seu primeiro relatório oficial, divulgado na quinta-feira (23), a Casa Branca anunciou a prisão de 538 imigrantes durante uma operação massiva, além da deportação de “centenas” deles em aviões militares, conforme informou a nova porta-voz, Karoline Leavitt.
“A maior operação de deportação em massa da história está em andamento. Promessas feitas. Promessas cumpridas”, declarou Leavitt, sem especificar para onde os deportados foram enviados ou detalhes sobre os processos legais envolvidos.
Entre as medidas já implementadas, está o fortalecimento do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), que agora possui poder de realizar deportações instantâneas, como reportado pelo jornal The New York Times. Essas deportações rápidas, muitas vezes feitas sem respeitar tratados internacionais, foram justificadas pelo governo como necessárias para a segurança nacional.
Além disso, Trump assinou decretos de emergência nacional, liberando recursos para a construção do muro na fronteira com o México, envio de tropas militares à região e ampliação dos poderes de agentes federais para prender imigrantes.
Críticas, no entanto, não demoraram a surgir. O prefeito de Newark, Ras Baraka, denunciou a detenção de moradores e até de cidadãos americanos, incluindo um veterano de guerra, durante uma operação no estado de Nova Jersey. “Essas ações são violações flagrantes dos direitos humanos”, acusou Baraka.
A Casa Branca reforçou que os imigrantes detidos já possuíam antecedentes criminais, mas organizações de direitos humanos questionam a legalidade e a rapidez dos processos de deportação.
Trump prometeu realizar a maior deportação em massa da história americana. Especialistas apontam que, se a tendência continuar, milhões de estrangeiros poderão ser expulsos nos próximos anos, alterando significativamente o cenário social e político do país.