Eduardo Braga defende novas linhas de transmissão para evitar apagões

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu a criação de linhas alternativas de transmissão de energia para evitar apagões como o ocorrido no último sábado (8), que deixou Manaus e municípios do interior sem fornecimento elétrico por seis horas. Segundo a Amazonas Energia, a falha foi causada pelo desligamento da linha de 500 kV Jurupari-Silves, do Sistema Interligado Nacional (SIN), evidenciando a vulnerabilidade da rede.

Durante entrevista ao Grupo Norte de Comunicação, nesta segunda-feira (11), Braga destacou que o Amazonas depende exclusivamente do Linhão de Tucuruí e apontou como solução a integração da infraestrutura elétrica do estado com Roraima, prevista para dezembro. “Parece pouco, mas Roraima está interligado com a Linha de Guri, na Venezuela. Isso criará a primeira redundância no sistema”, afirmou.

O senador defendeu ainda a construção de uma nova linha de transmissão ao longo da BR-319, conectando Manaus às usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. “Se tivermos esse linhão, poderemos gerar e vender energia térmica a gás no sistema nacional e desenvolver a petroquímica no estado”, explicou Braga, ressaltando que a segurança energética é fundamental para o crescimento econômico do Amazonas.

Reforma Tributária e impactos na Zona Franca

Além da crise energética, Braga abordou a Reforma Tributária, cuja relatoria foi de sua responsabilidade no Congresso. Ele destacou que a nova estrutura de impostos trará simplificação, transparência e redução da sonegação, garantindo mais equilíbrio fiscal.

“Quando poucos pagam e muitos sonegam, quem paga acaba pagando mais. Isso precisa mudar”, afirmou.

Sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), o senador ressaltou que a reforma manteve todas as vantagens comparativas e isenções fiscais do modelo, protegendo a economia regional e garantindo a manutenção de 500 mil empregos. “A grande conquista foi preservar os benefícios tanto do polo industrial quanto do polo varejista da ZFM, garantindo segurança jurídica e atraindo novas empresas para o Polo Industrial de Manaus”, concluiu Braga.