O anúncio da liberação do licenciamento ambiental do Trecho do Meio da BR-319, confirmado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), marca um dos passos mais significativos para a integração logística do Amazonas nas últimas décadas. Em entrevistas à Rede Amazônica e à TV A Crítica, Braga detalhou que o presidente da República deverá visitar o estado entre fevereiro e março para oficializar a entrega da licença, percorrer trechos da estrada e inaugurar as duas pontes já reconstruídas.

Segundo o senador, a autorização representa o desfecho de um processo que se arrastou por 30 anos e que simboliza “um sonho sendo realizado depois de tanta luta”. Ele reforçou que o licenciamento coloca o estado em uma nova rota de desenvolvimento, permitindo avançar na pavimentação com segurança jurídica e responsabilidade ambiental — pontos considerados centrais pelo governo federal e pelos órgãos de fiscalização.
O avanço da BR-319, que encerra 2025 com obras em andamento e entregas concretas, também foi destacado por Braga. A ponte sobre o rio Curuçá já está em operação, enquanto a do rio Autaz-Mirim será concluída no início de 2026. A nova travessia do rio Igapó-Açu, já licitada e contratada, iniciará obras em fevereiro, eliminando a dependência de balsas. Além disso, 52 quilômetros entre os km 198 e 250 estão sendo asfaltados, e o DNIT lançará um contrato emergencial para recuperar o trecho Realidade–Humaitá, hoje o único ponto crítico da rodovia.
Outro avanço relevante é a previsão de autorização, ainda em dezembro, para a construção de 54 novas pontes de concreto e estrutura metálica, cada uma com 1 quilômetro de pavimentação em seus acessos, somando 108 quilômetros adicionais de asfalto no Trecho do Meio. Para o senador, essa combinação de obras, planejamento e licenciamento representa o maior salto da história da BR-319.
Braga afirma que, com todas as condições técnicas, políticas e ambientais alinhadas, o Amazonas entra em uma fase decisiva para superar o isolamento terrestre e ampliar sua competitividade econômica.
“Pela primeira vez, todas as peças estão no lugar. O estado tem motivos reais para acreditar”, concluiu.