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A política de deportação em massa prometida por Donald Trump durante sua campanha presidencial pode causar um grande impacto na economia dos Estados Unidos. Com a recente intensificação das ações contra imigrantes ilegais, milhares de trabalhadores foram enviados de volta aos seus países de origem, gerando preocupação entre economistas e empresários sobre a possível escassez de mão de obra.
De acordo com um levantamento do Pew Research Center, cerca de 11 milhões de imigrantes não autorizados viviam nos EUA em 2022, dos quais 8,3 milhões estavam inseridos no mercado de trabalho. Muitos atuam em setores fundamentais como agricultura, construção civil e serviços, áreas que tradicionalmente dependem de mão de obra imigrante.
Para o pesquisador Thaddeus Gregory, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a concretização da retórica anti-imigração de Trump traria impactos severos. “Sem essa força de trabalho, indústrias inteiras podem entrar em colapso. No curto prazo, setores como o alimentício e o de serviços seriam os mais afetados”, alerta.
A professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Carla Beni destaca que a exploração de imigrantes sem documentação também contribui para o funcionamento da economia.
“Muitos empregadores se aproveitam da condição de ilegalidade para pagar salários mais baixos. Se essa mão de obra desaparecer, os custos aumentarão e o preço final dos produtos e serviços também”, explica.
Além do impacto econômico, a deportação pode aprofundar problemas sociais, com a separação de famílias e o aumento da insegurança entre comunidades imigrantes. Ainda não há um consenso sobre o alcance das medidas de Trump, mas especialistas alertam que a economia americana pode sentir os efeitos caso a política de deportação seja ampliada nos próximos meses.