No julgamento do núcleo central da trama golpista, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (3) que não existe nenhuma prova que o relacione aos atos de 8 de janeiro.
O advogado Celso Vilardi destacou que Bolsonaro determinou a transição para o governo Lula em 2022 e chegou a intermediar diálogo entre José Múcio, ministro da Defesa do novo governo, e militares, o que, segundo ele, contraria a tese de tentativa de golpe.
A defesa também contestou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, alegando que ele mudou de versão em diferentes depoimentos e, por isso, não seria confiável.
Para Vilardi, essas contradições comprometem a validade da colaboração premiada e reforçam a tese de que Bolsonaro não teve ligação com grupos golpistas ou com os eventos de 8 de janeiro.
