Durante a 42ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), realizada nesta quarta-feira (28), o presidente da Casa, vereador David Reis (Avante), reafirmou seu apoio aos servidores do Ministério da Cultura e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que participam de uma paralisação nacional. O parlamentar destacou o papel da CMM como ponte entre os trabalhadores e o governo federal, reforçando o compromisso com a defesa dos interesses da sociedade manauara.
Na tribuna, Reis colocou a Comissão de Cultura e Patrimônio Histórico da CMM à disposição dos servidores para fortalecer o diálogo institucional. A proposta é que o colegiado, presidido pelo vereador Elan Alencar (Democracia Cristã), participe das tratativas e acompanhe de perto as demandas apresentadas pelos grevistas.
“Esta Casa sempre será uma caixa de ressonância das vozes da população. Estamos aqui para somar e encaminhar soluções”, afirmou o presidente.
A principal reivindicação da categoria é a abertura de negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), com foco na valorização da carreira e na criação de um plano específico para os servidores da área cultural. A greve, iniciada em 29 de abril, já afeta atividades como educação patrimonial, licenciamentos ambientais e autorizações para pesquisas arqueológicas.
Representando os grevistas, a servidora Carluse Matos, do Iphan, reforçou que o apoio político é fundamental para destravar a pauta no governo federal.
“Nossa carreira está protocolada desde agosto do ano passado. Viemos à Câmara para pedir apoio na articulação política, para que o MGI finalmente avance com a nossa demanda”, disse.
A iniciativa da CMM em abrir espaço para o debate foi elogiada pelos servidores e simboliza uma tentativa de articulação local em meio a um impasse nacional. A expectativa agora é que o gesto da Casa Legislativa ajude a sensibilizar o governo federal sobre a urgência das demandas da categoria.
A greve nacional dos servidores da Cultura segue sem prazo para encerrar, e novas mobilizações estão previstas caso não haja avanço nas negociações.
