
O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), solicitou intervenção urgente do Ministério de Minas e Energia para solucionar a crise no fornecimento de energia elétrica em Manicoré, município do sul do estado que enfrenta apagões frequentes desde abril. Em ofício encaminhado ao ministro Alexandre Silveira, o parlamentar pede a criação de um plano emergencial e a adoção de fontes alternativas de energia para atender, com urgência, as comunidades afetadas.
Segundo Cidade, a situação é insustentável e representa uma violação à dignidade da população. “
É inaceitável o que a Amazonas Energia vem fazendo o povo de Manicoré passar. Informar que a energia só deve voltar em outubro é condenar famílias ao abandono por quase um ano. O Governo Federal precisa agir com urgência”, afirmou.
A concessionária Amazonas Energia informou que o apagão foi provocado pelo rompimento de um cabo subaquático, afetando principalmente a zona rural do município. A empresa afirmou que o reparo está em andamento, mas que o novo cabo ainda está em fase de produção, com previsão de conclusão somente no fim de outubro de 2025.
Desde o início da crise, Roberto Cidade tem denunciado a situação em plenário e já havia enviado requerimentos à concessionária cobrando agilidade na solução do problema. No entanto, de acordo com ele, a situação se agravou.
“O número de comunidades afetadas aumentou, e a empresa continua sem dar respostas concretas. Isso é negligência com a vida do povo do interior”, criticou.
Atualmente, ao menos 15 comunidades estão sem energia elétrica, entre elas Capanã, Boa Esperança, Monte Sião, Santa Maria e Vista Alegre. A ausência de luz compromete o funcionamento de escolas, postos de saúde e o abastecimento de água, agravando o isolamento das populações rurais.
Diante da omissão, o deputado anunciou que a Aleam tomará medidas judiciais para responsabilizar a concessionária. “Vamos entrar com ação para garantir o restabelecimento imediato da energia. Um serviço essencial não pode ser tratado com esse descaso. O povo de Manicoré merece respeito”, concluiu.