
Com o falecimento do Papa Francisco, a Igreja Católica inicia o processo para escolher seu novo líder espiritual. A eleição do novo pontífice ocorre por meio do conclave, uma tradição secular repleta de ritos e simbolismos.
O que é o conclave?
A palavra “conclave” vem do latim cum clave, que significa “com chave”, refletindo o isolamento dos cardeais durante a eleição. Desde o século XIII, esse processo é realizado na Capela Sistina, no Vaticano, onde os cardeais eleitores ficam reclusos até a escolha do novo Papa. Durante esse período, eles não têm contato com o mundo exterior, garantindo a imparcialidade da decisão.
Quem participa?
Somente cardeais com menos de 80 anos na data da morte ou renúncia do Papa anterior têm direito a voto. Atualmente, esse grupo é composto por até 120 cardeais de diversas partes do mundo. Esses cardeais são responsáveis por eleger o novo líder da Igreja Católica.
Como funciona a votação?
A eleição ocorre em sessões secretas, com até quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde. Cada cardeal escreve o nome do seu escolhido em uma cédula, que é depositada em uma urna sobre o altar da Capela Sistina. Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos.
Após cada votação, as cédulas são queimadas. A fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina indica o resultado: preta, se nenhum candidato foi escolhido; branca, se um novo Papa foi eleito. Desde 2005, os sinos da Basílica de São Pedro também tocam para sinalizar a eleição de um novo pontífice.
O anúncio do novo Papa
Quando um cardeal é eleito e aceita a missão, o cardeal protodiácono anuncia ao público reunido na Praça de São Pedro com a tradicional frase em latim: “Habemus Papam!” (“Temos um Papa!”). Em seguida, o novo Papa aparece na sacada da basílica para conceder sua primeira bênção apostólica.
O conclave é um momento de grande expectativa para os fiéis católicos em todo o mundo, marcando o início de um novo capítulo na história da Igreja.