O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (2) que técnicos do órgão já levantavam preocupações sobre descontos irregulares em benefícios do INSS desde 2019, no governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, foram realizadas mais de 11 reuniões para discutir o tema antes mesmo da eclosão das denúncias recentes.
Durante audiência na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os descontos, Carvalho destacou que a dimensão do problema só foi conhecida em março de 2024, após pedidos de informações feitos por jornalistas com base na Lei de Acesso à Informação. Ele explicou que, já em 2022 e 2023, houve aumento no número de entidades com autorização para realizar os descontos, o que acendeu alertas sobre a seriedade dessas associações.
O ministro também respondeu a questionamentos sobre a divulgação de informações sigilosas. Ele garantiu que o relatório da CGU foi integralmente publicado após operações da Polícia Federal, ressaltando que o sigilo anterior se justificava para não comprometer as investigações. “O que não se sabia era a dimensão do problema”, afirmou.
