Brasil sobe cinco posições no IDH e volta a crescer em saúde e renda

O Brasil subiu cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), alcançando o 84º lugar com base em dados de 2023. O avanço é atribuído a melhorias nos indicadores de saúde e renda, após os impactos da pandemia, embora o país continue estagnado na educação.

O relatório, divulgado nesta terça-feira (6), mostra que o IDH brasileiro chegou a 0,786, valor considerado alto e ligeiramente acima da média da América Latina (0,783). Em 2022, o país ocupava a 89ª colocação. A melhora reflete o crescimento da renda per capita e o fortalecimento da cobertura em saúde, impulsionados pela redução do desemprego e pela retomada de políticas sociais.

Apesar do progresso, o Brasil ainda está atrás de vizinhos como Chile (45º), Argentina (47º) e Uruguai (48º), mantendo posição intermediária na América do Sul. Já a educação permanece como ponto de atenção, sem avanços significativos nos níveis de escolaridade.

No cenário global, a Islândia lidera o ranking com IDH de 0,972. O relatório também alerta para a desaceleração do desenvolvimento humano no mundo, resultado de conflitos, tensões comerciais e os efeitos persistentes da pandemia. A ONU destaca a necessidade de inovação, inclusão e uso responsável da inteligência artificial para evitar que a desigualdade entre países se aprofunde ainda mais.