O governo brasileiro fez duras críticas, nesta terça-feira (23), ao uso de tarifas comerciais como instrumento de pressão sobre políticas internas dos países, durante reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. A delegação do Brasil alertou que medidas desse tipo violam regras multilaterais e abrem precedentes perigosos no comércio internacional.
Com uma posição firme, o Brasil declarou que continuará a “priorizar soluções negociadas” nos casos de controvérsia, mas enfatizou que recorrerá a todos os instrumentos legais disponíveis caso os diálogos diplomáticos não avancem. O pronunciamento teve o respaldo imediato de 40 países membros da OMC, reforçando o apelo por respeito ao sistema de regras do comércio global.
Segundo o Itamaraty, o posicionamento brasileiro reflete a crescente preocupação com o uso de barreiras econômicas como forma de ingerência em decisões domésticas legítimas. O país não citou diretamente outras nações, mas a fala foi interpretada por diplomatas como um recado claro a ações recentes de grandes potências comerciais.
A atuação do Brasil na OMC reafirma seu compromisso com o multilateralismo e com a preservação de um comércio internacional previsível e equilibrado. O apoio recebido por dezenas de países sinaliza que a defesa da soberania e do diálogo institucional continua sendo um ponto sensível e prioritário nas relações econômicas globais.
