
O mercado financeiro brasileiro reagiu com otimismo nesta terça-feira (27) após a divulgação de que a prévia da inflação de maio ficou abaixo do esperado. Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) mais fraco, investidores renovaram o apetite por ativos de risco, elevando o Ibovespa a 139.541 pontos — alta de 1,02% — e empurrando o dólar para R$ 5,64, com queda de 0,53%.
Durante a manhã, o principal índice da Bolsa de Valores chegou a romper a barreira dos 140 mil pontos, batendo novo recorde intradiário. No entanto, parte dos ganhos foi devolvida à tarde com a realização de lucros, quando investidores venderam ações para garantir os rendimentos recentes. Ainda assim, o avanço marca o terceiro pregão seguido de alta e reforça o otimismo em relação ao ambiente econômico doméstico.
No câmbio, a moeda norte-americana passou boa parte do dia estável, mas recuou nas horas finais, acompanhando o clima mais favorável nos mercados internacionais. O dólar acumula queda de 0,54% em maio e de expressivos 8,65% no acumulado de 2025, refletindo a melhora na percepção de risco sobre o Brasil e o fluxo de capital estrangeiro.
O alívio inflacionário fortaleceu a expectativa de que o Banco Central manterá a taxa básica de juros (Selic) em patamar atual ou até avalie um corte, afastando o temor de aperto monetário. Esse movimento estimula o mercado de ações, já que juros mais baixos reduzem o custo de capital e impulsionam setores como varejo e construção civil.
No cenário externo, o retorno das negociações entre Estados Unidos e União Europeia também contribuiu para a queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, favorecendo países emergentes. A reabertura dos mercados em Nova York, após o feriado da segunda-feira, trouxe liquidez ao mercado global e reforçou a atratividade de ativos brasileiros.