A Bolsa de Valores brasileira encerrou a quarta-feira (29) com mais um recorde histórico, superando pela primeira vez a marca dos 148 mil pontos. O índice Ibovespa avançou 0,82% e fechou o pregão aos 148.633 pontos, impulsionado por otimismo externo e perspectivas positivas para países emergentes. Durante o dia, o indicador chegou a ultrapassar os 149 mil pontos, mas perdeu fôlego após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
O dólar comercial teve um dia de ajustes e encerrou praticamente estável, cotado a R$ 5,358 — leve queda de 0,03%. A moeda chegou a recuar para R$ 5,33 no início da tarde, mas reagiu após o discurso de Powell, que manteve a cautela sobre novos cortes de juros nos Estados Unidos. Apesar da oscilação, o dólar segue acumulando queda de mais de 13% em 2025.
A decisão do Fed de reduzir os juros básicos em 0,25 ponto percentual já era esperada pelo mercado. No entanto, a fala do presidente da instituição sobre a imprevisibilidade da política monetária norte-americana limitou os ganhos globais. Ainda assim, o ambiente externo seguiu favorável aos emergentes diante da expectativa pela reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.
A possibilidade de um avanço no diálogo entre Estados Unidos e China, principais potências comerciais do mundo, trouxe alívio aos mercados e sustentou o desempenho positivo da B3. Exportadores de commodities, como o Brasil, foram os mais beneficiados pelo movimento de recuperação do apetite global por risco.
