Beija-Flor brilha em homenagem a Laíla e despedida de Neguinho

A Beija-Flor de Nilópolis foi o grande destaque da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Com o enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas”, a escola prestou uma emocionante homenagem ao diretor de carnaval que ajudou a consolidar sua história. O desfile trouxe momentos marcantes, como a recriação da icônica alegoria “Cristo Proibido”, e contou com a energia do público para celebrar a despedida de Neguinho da Beija-Flor, intérprete oficial da escola há cinco décadas.

A Unidos da Tijuca abriu a noite exaltando Logun-Edé, orixá da juventude e da prosperidade. A escola abordou a dualidade da divindade, ligada tanto à caça quanto às águas doces, e levou para a avenida alegorias impactantes, como a que representava o Morro do Borel e a força da juventude periférica. A cantora Anitta, uma das compositoras do samba, não compareceu ao desfile.

O Salgueiro trouxe para a Sapucaí o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, explorando a relação humana com a proteção espiritual. A comissão de frente representou o fechamento de corpo da escola, enquanto alas e alegorias retrataram os rituais de defesa contra energias negativas. O desfile também destacou a influência dos africanos muçulmanos que chegaram ao Brasil e trouxeram conhecimentos ancestrais de resistência.

Já a Vila Isabel encerrou os desfiles da noite com um enredo lúdico sobre assombrações. A escola transformou figuras do folclore e do terror em diversão, apostando em um desfile visualmente impactante. Um dos momentos mais comentados foi a participação de José Loreto, que interpretou o diabo na comissão de frente. A alegoria “Quem tem medo do Bicho-Papão?” mostrou que a proposta era mais brincar do que assustar, garantindo um final leve para a segunda noite de carnaval.

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