Bases Fluviais apreendem 1,6 tonelada de drogas e causam prejuízo milionário ao crime

Foto: Victor Levy

A repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado no interior do Amazonas ganhou força no primeiro semestre de 2025 com o avanço das ações das Bases Fluviais Arpão 1, 2 e 3, Paulo Pinto Nery e Tiradentes. Coordenadas pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), as bases registraram a apreensão de mais de 1,6 tonelada de entorpecentes entre janeiro e junho, em operações realizadas nos rios Solimões, Negro, Japurá e Amazonas.

Durante o mesmo período, as forças integradas de segurança — compostas por policiais militares, civis e apoio especializado — efetuaram 60 prisões e vistoriaram mais de mil embarcações. Também foram apreendidas cinco armas de fogo, 23 munições, 325 mil litros de combustível e duas toneladas de produtos ilegais provenientes de caça e pesca predatória. O prejuízo estimado às organizações criminosas ultrapassa R$ 158 milhões.

O trabalho contínuo conta com o apoio decisivo do Governo do Amazonas. Segundo o secretário de Segurança Pública, Vinicius Almeida, mais de 90% dos recursos utilizados nas operações são de origem estadual.

“Esse é um esforço que une tecnologia, inteligência policial e o comprometimento dos nossos agentes. Estamos combatendo o tráfico nos principais corredores fluviais usados pelo crime”, destacou.

Um dos diferenciais das operações é a atuação da Companhia Independente com Cães (Cipcães), da PMAM. Treinados para farejar drogas mesmo em compartimentos ocultos, os cães são considerados peças-chave nas apreensões. Um exemplo foi a atuação do cão Xerife, que localizou 36 quilos de drogas escondidas em sacos de farinha, em carga avaliada em mais de R$ 885 mil.

Entre as ações de destaque, uma operação realizada no dia 25 de junho, na Base Arpão 3, resultou na prisão de três homens e na apreensão de mais de 98 quilos de drogas. Com apoio do Denarc, a cadela policial Athena identificou entorpecentes escondidos no assoalho da embarcação Profeta Daniel I, vinda de Tefé. Uma revista mais detalhada revelou porões ocultos com maconha tipo skunk, pasta base de cocaína e cocaína em pó, totalizando um prejuízo estimado de R$ 3,4 milhões ao crime organizado.

As ações das bases fluviais seguem como uma das frentes mais efetivas da segurança pública no estado, especialmente no combate ao narcotráfico por rotas fluviais, utilizadas por organizações criminosas para escoar grandes volumes de entorpecentes.

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