Ataque russo com 500 drones e 40 mísseis deixa mortos na Ucrânia

recorte de Tela Transmissão EuroNews

A Ucrânia sofreu, neste domingo (28), um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra. Segundo autoridades locais, a ofensiva russa durou mais de 12 horas e envolveu o lançamento de cerca de 500 drones e 40 mísseis contra diferentes regiões do país. Em Kiev, pelo menos quatro pessoas morreram, entre elas uma menina de 12 anos, e dezenas ficaram feridas.

De acordo com os serviços de emergência, a criança foi encontrada entre os escombros de um prédio residencial no distrito de Solomianski, na capital. Outras vítimas estavam em um centro de cardiologia atingido por explosões. Ao todo, mais de 60 pessoas ficaram feridas em várias localidades, de Sumi, no norte, a Odesa e Zaporíjia, no sul.

O presidente Volodymyr Zelensky classificou a ação como “terror deliberado” contra civis e pediu maior pressão internacional sobre Moscou. Ele afirmou que a Rússia prolonga a guerra para lucrar com a venda de energia e prometeu enfraquecer a capacidade de financiamento da ofensiva russa.

A Polônia, vizinha da Ucrânia, colocou caças em patrulha aérea e elevou o alerta de defesa após os bombardeios. A Otan também reforçou a vigilância no Báltico diante de denúncias de incursões aéreas russas em países europeus. Moscou, por sua vez, alegou que os alvos da operação eram “empresas do complexo militar-industrial ucraniano” e negou planos de atacar membros da aliança.

O ataque acontece em meio ao impasse diplomático. Esforços de mediação conduzidos pelos Estados Unidos não avançaram, enquanto a Rússia mantém a ofensiva iniciada em fevereiro de 2022. Neste cenário, Zelensky anunciou a chegada de sistemas de defesa aérea Patriot, fornecidos pelos EUA com apoio de Israel, como parte da estratégia de reforço militar para resistir às novas ofensivas.