
Os Estados Unidos apreenderam um petroleiro na costa da Venezuela, segundo confirmou o presidente Donald Trump, intensificando um dos episódios mais tensos entre Washington e Caracas nos últimos meses. Trump afirmou tratar-se de “um dos maiores petroleiros já apreendidos”, sugerindo que a carga permaneceria sob controle norte-americano. A notícia provocou alta imediata nos preços internacionais do petróleo, em meio à especulação sobre possíveis desdobramentos militares.
A operação foi conduzida pelo FBI, Departamento de Segurança Interna, Guarda Costeira e unidades militares, de acordo com a procuradora-geral Pam Bondi. Em publicação no X, ela divulgou um vídeo mostrando helicópteros se aproximando da embarcação e agentes armados descendo por rapel. Embora o governo não tenha revelado o nome do navio, o grupo britânico Vanguard apontou que o petroleiro Skipper, já sancionado pelos EUA, teria sido o alvo da ação.
Dados de satélite analisados por plataformas de monitoramento apontam que o Skipper havia deixado o porto de Jose entre 4 e 5 de dezembro, transportando cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo bruto da PDVSA. O navio, segundo Washington, atuaria no comércio ilegal de petróleo envolvendo Venezuela e Irã — um dos pontos centrais das sanções impostas pelos EUA. A apreensão reacende dúvidas sobre o limite da atuação militar norte-americana na região.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, evitou comentar o episódio ao discursar em um evento militar na quarta-feira (10). Enquanto isso, governos e analistas internacionais expressam preocupação com o risco de escalada. A ação marca a primeira apreensão conhecida após o recente reforço militar dos EUA no Caribe, ampliando a tensão geopolítica e impactando diretamente o mercado energético global.