Amazonas terá primeira usina a gás natural do Norte para operações portuárias

Primeira usina de gás natural. Foto: Mauro Neto

O Governo do Amazonas firmou, nesta quarta-feira (2), uma parceria com a iniciativa privada para viabilizar a construção da primeira usina a gás natural do Norte do Brasil voltada exclusivamente ao setor portuário. O projeto será executado pela empresa Super Terminais, com investimento de R$ 30 milhões, e é considerado estratégico para modernizar a matriz energética estadual com foco em sustentabilidade e eficiência logística.

Primeira usina de gás natural. Foto: Mauro Neto

A nova usina será responsável por abastecer diretamente os guindastes elétricos em operação no terminal portuário da empresa, reduzindo significativamente o uso de combustíveis fósseis tradicionais. O fornecimento será feito por meio de tubulações subterrâneas, eliminando a circulação de caminhões de transporte de diesel na região e contribuindo para a redução de aproximadamente 17 mil toneladas de CO² ao ano.

Durante o anúncio, autoridades do Executivo, Legislativo e representantes de órgãos ambientais destacaram o protagonismo do Amazonas no avanço da transição energética. A iniciativa também dialoga com a política estadual de valorização do gás natural como nova matriz econômica, impulsionada pela quebra do monopólio no setor com a sanção da Lei do Gás, em 2021. Atualmente, o estado conta com mais de 335 km de gasodutos em operação, atendendo sete municípios.

A construção da usina integra uma estratégia mais ampla que já movimenta outros grandes investimentos no estado. Entre os destaques está o Complexo do Azulão 950, no município de Silves, onde estão sendo erguidas três termelétricas movidas a gás natural com aporte de R$ 5,8 bilhões. O complexo terá capacidade para abastecer até 3,7 milhões de residências e gerar milhares de empregos diretos e indiretos.

O projeto da Super Terminais, agora formalmente pactuado, reforça o discurso do governo estadual de que o Amazonas está apto a liderar agendas de inovação e sustentabilidade energética na região Norte. Ao alinhar desenvolvimento logístico com responsabilidade ambiental, o estado busca atrair novas indústrias e consolidar o gás natural como vetor de transformação econômica.