O governador Wilson Lima vistoriou nesta quinta-feira (22/05) as obras do Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente, que funcionará na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), na zona centro-sul de Manaus. O espaço será referência no acolhimento humanizado de vítimas e testemunhas de violência, reunindo serviços essenciais em um só lugar e marcando um avanço inédito na política de proteção infantojuvenil do Amazonas.
Com investimento de R$ 5,5 milhões, oriundo de ação civil do Ministério Público do Trabalho (MPT), o centro contará com 39 ambientes distribuídos em dois pavimentos, entre eles consultórios, brinquedoteca, sala de exames, fraldário e recepção humanizada. O projeto está 80% concluído e tem entrega prevista para o segundo semestre deste ano.
Durante a visita, Wilson Lima destacou que a proposta vai além da punição aos agressores:
“Nosso maior compromisso é garantir que essas crianças tenham a chance de reconstruir suas vidas com dignidade e segurança. Essa é uma resposta concreta do Estado à violência que ainda ameaça tantas famílias”.
A nova unidade será a nona do tipo no Brasil e a primeira gerida diretamente por um governo estadual. A iniciativa cumpre a Lei Estadual nº 5.959/2022 e se alinha ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promovendo a escuta especializada e o atendimento integrado, com foco na não revitimização de crianças e adolescentes durante os processos judiciais e de saúde.
O espaço irá integrar o trabalho de órgãos como a Sejusc, Polícia Civil, IML, MPE, Defensoria Pública, TJAM, Conselho Tutelar e profissionais das áreas de saúde, assistência social, psicologia e jurídica. A titular da Sejusc, Jussara Pedrosa, reforçou a importância da centralização dos serviços: “Aqui será a porta de entrada para o acolhimento, com atendimento completo em um único ambiente”.
A procuradora-chefe do MPT, Alzira Melo Costa, enfatizou que a iniciativa vai muito além da obra física. “O centro representa um novo olhar sobre o cuidado com nossas crianças. Um espaço onde elas serão protegidas, ouvidas com respeito e terão garantido o direito de recomeçar sem carregar novos traumas”, afirmou.