
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de sete aliados do núcleo político e militar do governo anterior, acusando-os de integrar uma organização criminosa armada e de atuar na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
As alegações finais foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (14/7) e reforçam o cerco judicial sobre generais, ex-ministros e ex-assessores envolvidos na crise institucional.
Entre os réus estão o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, os generais Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Segundo a PGR, eles usaram suas posições estratégicas para sustentar um esquema que tentou minar as instituições democráticas, promover narrativas falsas sobre as eleições e articular ações autoritárias.
O Ministério Público também destacou que as práticas ilegais envolveram ataques ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao patrimônio público.
Mesmo o delator Mauro Cid deverá ser condenado, com a previsão apenas de redução de pena. O julgamento, previsto para setembro, deverá testar a responsabilização de integrantes do alto escalão por ataques à ordem democrática.