EUA cercam a Venezuela com operação militar e bloqueio ao petróleo de Maduro

Jato de guerra decola do porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, no mar do Caribe em — Foto- Divulgação/Marinha dos Estados Unidos

Os Estados Unidos intensificaram nas últimas semanas uma ampla operação militar e diplomática para cercar a Venezuela, combinando deslocamento de forças no Caribe e novas medidas econômicas contra o governo de Nicolás Maduro. Nesta terça-feira (16), o presidente Donald Trump anunciou o bloqueio total de navios petroleiros sancionados que entram ou saem do país, afirmando que Caracas está pressionada “pela maior Armada já reunida na história da América do Sul”. Segundo ele, a ofensiva pode ser ampliada caso o governo venezuelano não ceda às exigências norte-americanas.

A movimentação inclui navios de guerra, um submarino nuclear, caças, bombardeiros estratégicos B-52 e o envio do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, acompanhado de seu grupo de ataque. Oficialmente, Washington justifica a operação como parte do combate ao narcotráfico e a organizações classificadas como terroristas, acusando Maduro de liderar o chamado Cartel de los Soles.

Autoridades americanas, no entanto, admitem que o objetivo estratégico envolve enfraquecer o regime venezuelano e atingir diretamente o setor petrolífero, principal fonte de recursos do país.

Em resposta, a Venezuela classificou o bloqueio como “irracional” e uma violação ao livre comércio, reforçando que defenderá sua soberania sobre as riquezas naturais enquanto a tensão entre os dois países atinge um novo patamar.