Ipaam aplica mais de R$ 13 milhões em multas na Tamoiotatá 5

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) concluiu a 8ª etapa da Operação Tamoiotatá 5 com a aplicação de R$ 13,1 milhões em multas, após ações simultâneas nos eixos Apuí e Humaitá. As equipes percorreram mais de 3,5 mil quilômetros para fiscalizar áreas críticas de desmatamento ilegal identificadas pelo Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP). A operação abrangeu sete municípios da região sul do estado, onde há maior pressão ambiental.

Segundo o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, os resultados reforçam o compromisso do Governo do Amazonas em coibir crimes ambientais. Ele destacou que o monitoramento ampliado permite identificar irregularidades com mais precisão, garantindo atuação rigorosa contra quem insiste em desrespeitar a legislação ambiental. A operação, afirmou, reafirma a presença do Estado em áreas historicamente vulneráveis ao avanço do desmatamento.

No eixo Apuí, as equipes fiscalizaram 28 polígonos e autuaram 12 infratores, resultando no embargo de mais de 2,2 mil hectares — área equivalente a cerca de 3.090 campos de futebol — e na aplicação de R$ 9,3 milhões em multas. A região demandou longos deslocamentos, incluindo trechos de difícil acesso. Grande parte dos infratores identificados é oriunda de Rondônia, Mato Grosso e Paraná, estados historicamente associados ao avanço da fronteira agropecuária.

Já no eixo Humaitá, foram lavrados nove autos de infração, que somaram R$ 3,7 milhões em multas, além de 16 embargos correspondentes a 789 hectares. As equipes ainda inutilizaram nove fornos de carvão usados em atividades irregulares e concluíram duas denúncias. A ação envolveu fiscalizações em Humaitá, Canutama e Lábrea, totalizando 17 polígonos monitorados.

A operação é baseada na legislação federal que rege as sanções ambientais, e todos os valores arrecadados são destinados ao Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema). A Tamoiotatá 5 segue como operação permanente e terá novas fases para ampliar a cobertura territorial e reforçar o enfrentamento ao desmatamento e às queimadas. Com apoio de tecnologia de detecção remota, o Ipaam continuará monitorando polígonos remanescentes e planejando novas incursões para impedir o avanço da degradação ambiental no Amazonas.