
A Prefeitura de Manaus alcançou um marco histórico na regularização fundiária ao entregar 400 registros de imóveis para moradores do Santa Luzia, na zona Sul. A ação, conduzida pelo programa “Manaus Legal”, foi realizada na quadra da Reino Unido da Liberdade e simboliza a consolidação de uma política pública que há décadas era aguardada por famílias que construíram suas vidas no bairro. Com mais de 12 mil imóveis já regularizados na cidade, a iniciativa reforça o caráter social do projeto e reposiciona o município no debate urbano sobre moradia digna.

Durante o evento, o prefeito David Almeida destacou que o Santa Luzia reúne ocupações que remontam aos anos 1920 e que ainda há um grande desafio estrutural: mais da metade do território de Manaus depende de regularização. O discurso reforçou o caráter político do momento, lembrando que a zona Sul tem sido uma das áreas que mais avançaram em titulações nos últimos meses, após outras entregas no Morro da Liberdade. A cerimônia reuniu lideranças comunitárias, autoridades civis e judiciais, consolidando a parceria entre prefeitura e Tribunal de Justiça do Amazonas.

Além da entrega, o prefeito anunciou novas metas e ampliou o alcance das políticas habitacionais. A próxima grande frente será o Cidade de Deus, com previsão de 6 mil registros após o processo de desapropriação. Também estão em curso 4.700 apartamentos populares, três conjuntos habitacionais previstos para entrega ainda este ano e mais de 3.600 lotes urbanizados na zona Norte. A meta da gestão é atingir 40 mil registros até 2028, transformando a regularização fundiária em um dos principais legados administrativos.

Para os moradores, o impacto é direto: segurança jurídica, acesso a crédito, valorização do imóvel e pertencimento. Representando a comunidade, Roberto Dinamite emocionou o público ao lembrar que o bairro esperou mais de um século pelo direito formal à terra. A prefeitura reforça que seguirá ampliando o “Manaus Legal” com urbanização, novos empreendimentos e ações voltadas à redução do déficit habitacional, combinando rotina de governo com prioridades sociais de longo prazo.









