COP30 em Belém marca virada global na luta contra a crise climática

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começa nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), transformando a capital paraense no centro das atenções mundiais. Pela primeira vez sediada na Amazônia, a conferência reúne cerca de 50 mil participantes — entre chefes de Estado, cientistas, ativistas e empresários — para debater os caminhos urgentes da ação climática global.

As negociações, que se estendem por duas semanas, terão como foco acelerar a transição energética, ampliar o financiamento climático e definir compromissos efetivos para a proteção das florestas tropicais. O desafio é transformar o discurso político da Cúpula de Líderes, encerrada na última sexta (7), em metas concretas, com prazos e recursos claramente estabelecidos.

A COP, sigla para “Conferência das Partes”, ocorre anualmente desde 1995 e é o principal fórum internacional sobre o clima. Sua missão é garantir o cumprimento do tratado global assinado por 197 países, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC). A meta é estabilizar as emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento do planeta, que já atinge níveis alarmantes.

Dados do observatório europeu Copernicus revelam que outubro de 2025 foi o terceiro mais quente da história, com média global 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais. A tendência confirma 2025 como um dos três anos mais quentes já registrados. Com esse cenário, a COP30 se torna um divisor de águas: o momento em que promessas precisam se converter em ações capazes de proteger o clima e o futuro da humanidade — começando pela Amazônia, o coração verde do planeta.