Hamas anuncia fim da guerra e afirma ter garantias de cessar-fogo permanente com Israel

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O líder do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel, afirmando ter recebido garantias de um cessar-fogo permanente mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. O pronunciamento ocorre após a formalização de um acordo de paz, ainda em discussão no gabinete israelense, que deve encerrar oficialmente o conflito iniciado em outubro de 2023.

A guerra teve início quando o Hamas lançou um ataque contra Israel que resultou em mais de 1,2 mil mortos e 251 sequestros. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais. O plano de paz proposto pelo governo norte-americano prevê a libertação de todos os reféns vivos até segunda-feira (13), além da devolução dos corpos das vítimas que morreram em cativeiro. Em contrapartida, Israel deve libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos e reduzir a presença militar em Gaza.

Entre os principais pontos do acordo está a exigência de que o Hamas abandone o controle político da Faixa de Gaza e entregue as armas — condição ainda rejeitada pelo grupo. Autoridades israelenses afirmam que o cessar-fogo entrará em vigor em até 24 horas após a ratificação do tratado. Paralelamente, uma força-tarefa internacional foi criada para localizar corpos de reféns desaparecidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou o acordo como “um passo histórico rumo à estabilidade no Oriente Médio”. No entanto, dentro de Israel, há resistência política. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçou romper com o governo de Benjamin Netanyahu caso o Hamas não seja completamente desmantelado. O cenário, embora sinalize o fim de um dos conflitos mais sangrentos das últimas décadas, ainda é de cautela e incerteza sobre o cumprimento integral dos termos de paz.