
O ministro do Turismo, Celso Sabino, oficializou nesta sexta-feira (26) sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atendendo à determinação do União Brasil, partido ao qual é filiado, que decidiu retirar todos os seus integrantes de cargos no governo federal. Sabino, que é deputado federal pelo Pará, foi nomeado para a pasta em 2023 e agora deve reassumir sua cadeira na Câmara.

Embora tenha protocolado o pedido de saída, Sabino permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula. Ele acompanhará o chefe do Executivo em uma agenda em Belém, onde serão entregues obras preparatórias para a COP30. “Cumpri a decisão do meu partido, mas também aceitei o pedido do presidente para seguir no ministério até a próxima semana”, afirmou.
A saída ocorre em meio à crise interna do União Brasil, que aprovou resolução exigindo a saída imediata de seus filiados do governo. A medida foi tomada após denúncias que associaram o presidente nacional da sigla, Antonio de Rueda, ao PCC — ligação que ele nega. O partido alegou “uso político da estrutura estatal” contra sua liderança.
Sabino tentou adiar a saída para concluir compromissos na agenda do Turismo, mas conseguiu apenas alguns dias de permanência. O ministro gostaria de seguir no cargo até a COP30, marcada para novembro em Belém, mas não houve acordo. “Minha vontade era continuar o trabalho iniciado, mas estou cumprindo a decisão partidária”, declarou.
Outros ministros ligados ao União Brasil não serão atingidos pela resolução. Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações) permanecem no governo, já que não são filiados ao partido e ocupam cargos por indicação política do senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Com a saída de Celso Sabino, o governo Lula enfrenta mais uma baixa ministerial em meio a disputas partidárias. A definição sobre quem assumirá a pasta do Turismo deverá ocorrer nos próximos dias, em meio às negociações para manter apoio no Congresso.