As exportações brasileiras de alimentos industrializados registraram queda de US$ 300 milhões em agosto, recuo de 4,8% em relação a julho, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O principal fator para a retração foi a taxação de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos do setor.
O mercado norte-americano comprou US$ 332,7 milhões em agosto, volume 27,7% menor que o do mês anterior e 19,9% inferior ao de agosto de 2024. Açúcares, proteínas animais e preparações alimentícias foram os itens mais afetados, com quedas de até 69,5%. A entidade prevê que, até dezembro, as perdas acumuladas para os EUA possam chegar a US$ 1,35 bilhão.
Enquanto isso, o México ampliou em 43% suas compras, totalizando US$ 221 milhões, especialmente de proteínas animais. Já a China reforçou sua posição de principal destino das exportações, adquirindo US$ 1,32 bilhão, alta de 51% em relação ao ano anterior. Para a ABIA, os números indicam a necessidade de diversificação de mercados e maior capacidade de negociação para reduzir impactos de medidas unilaterais como a tarifa norte-americana.
