
O Governo do Amazonas concluiu, neste mês de agosto, uma nova etapa de monitoramento da biodiversidade em três Unidades de Conservação (UC) localizadas ao longo da rodovia BR-319: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, a RDS Rio Amapá e o Parque Estadual Matupiri, que sediou a base das atividades. A ação foi conduzida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) entre os dias 13 e 23, reunindo comunitários e técnicos no registro de aves, mamíferos e borboletas.
De acordo com a Sema, o trabalho, realizado com o apoio de cerca de 15 monitores ambientais, permite avaliar a saúde dos ecossistemas e reforça a gestão participativa das comunidades locais. As informações foram coletadas com auxílio da plataforma Smart, sistema oficial do Estado para análise de dados de fauna e flora, em parceria com a Wildlife Conservation Society (WCS Brasil) e o WWF Brasil.
Um dos destaques do monitoramento foi a diversidade de borboletas encontradas nas trilhas percorridas. Consideradas bioindicadores da qualidade ambiental, elas refletem o grau de conservação das áreas e desempenham papel essencial como polinizadoras.
“O contato direto com espécies raras e a participação comunitária demonstram a eficácia da gestão integrada”, afirmou Alex-Sandra Farias, gestora do Departamento de Mudanças Climáticas e Unidades de Conservação.
Além de gerar relatórios técnicos, a iniciativa fortalece a consciência ambiental e o vínculo das comunidades com a floresta. Para Caio Henrique, monitor da comunidade Jatuarana, a experiência traz aprendizados que podem ser multiplicados localmente.
“A reserva é o pulmão da gente. O ar que respiramos vem da natureza, e esse trabalho mostra como é importante cuidar dela”, disse. Segundo especialistas, a metodologia deverá ser expandida para outras unidades de conservação do Amazonas.