Cheias no Paquistão deixam quase 800 mortos e risco de novas tragédias

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As chuvas de monções que atingem o Paquistão já deixaram 798 mortos e seguem provocando destruição em diferentes regiões do país. Nas últimas 24 horas, a província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste, registrou dez novas mortes e mais de 50 feridos, segundo relatório divulgado neste domingo (24) pela Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA).

A situação é mais grave justamente em áreas montanhosas, onde ocorreram 408 óbitos desde o início da temporada de chuvas. O Departamento Meteorológico do Paquistão alerta para fortes precipitações e deslizamentos nas próximas horas, enquanto a Divisão de Previsão de Inundações monitora os rios Chenab e Indo, que podem atingir níveis críticos. O Rio Sutlej também permanece em estado de alerta.

Outro ponto de preocupação é a região de Gilgit-Baltistan, onde um deslizamento de terra bloqueou o curso do Rio Ghizer, formando um lago de sete quilômetros. A NDMA avalia que a estrutura funciona como uma barragem natural e representa risco de ruptura, com possibilidade de inundações catastróficas.

Com previsão de chuvas até 10 de setembro, autoridades paquistanesas reforçam que o país continua extremamente vulnerável a eventos climáticos extremos. Em 2022, uma tragédia semelhante resultou em mais de 1.700 mortes.