
O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (União Brasil), voltou a cobrar explicações sobre o impasse na pavimentação da BR-319. Nesta terça-feira, ele anunciou que irá convocar novamente o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amazonas, Orlando Fanaia Machado, para esclarecer a paralisação das obras em trecho já licenciado da rodovia.
A medida ocorre após decisão do Governo Federal que mantém suspensas as licenças ambientais, frustrando a expectativa criada em abril, quando o próprio Fanaia garantiu que seriam pavimentados entre 10 e 15 quilômetros do Lote C, localizado na área já liberada para intervenções.
A pavimentação da BR-319 é fundamental para impulsionar o progresso, fortalecer a economia e garantir preços mais acessíveis. Com esse veto, voltamos à estaca zero. É preciso que o DNIT venha novamente à Casa e preste os esclarecimentos necessários, disse Cidade.
O parlamentar também articula a formação de uma comitiva de deputados estaduais para ir a Brasília, na tentativa de sensibilizar autoridades federais e destravar o projeto. Ele reconhece, no entanto, que a bancada amazonense no Congresso é pequena e enfrenta dificuldades para competir com a influência política de estados mais populosos.
Este é o momento de diálogo. Mesmo sabendo que a decisão final é federal, não podemos nos manter inertes, afirmou.
Cidade criticou ainda a disparidade nos investimentos federais, citando obras de grande porte em estados como Maranhão e Pará, enquanto o Amazonas permanece à espera de recursos para uma rodovia considerada estratégica para a integração e o escoamento de produtos.
A BR-319 é uma bandeira de todos: deputados estaduais, vereadores de Manaus e do interior. É uma luta pelo progresso e pelo bem-estar da população, reforçou.
Na última reunião com a Aleam, em 24 de abril, o superintendente do DNIT informou que iniciaria a pavimentação de 20 quilômetros do Lote C, que tem 52 quilômetros no total. O restante do “Trecho do Meio”, cerca de 350 quilômetros, continua parado devido a entraves no licenciamento ambiental.