
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi levado pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (4/8) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares que impediam o parlamentar de deixar o Brasil.
Do Val retornava da Flórida, nos Estados Unidos, quando foi abordado no aeroporto de Brasília. Além da tornozeleira, Moraes ordenou a apreensão do passaporte diplomático do senador e impôs novas restrições: ele está proibido de sair de casa durante a noite, fins de semana, feriados e dias de folga, além de permanecer vetado o uso de redes sociais.
A decisão do STF ocorre em meio à investigação que apura suposta participação de Do Val em ataques nas redes contra delegados da PF e em plano para tentar anular as eleições de 2022. No mês passado, o ministro já havia determinado o bloqueio das contas bancárias do senador.
Mesmo com o pedido de viagem negado pela Corte, o parlamentar conseguiu deixar o país, o que levou Moraes a apontar “afronta à autoridade do Judiciário”. A PF havia sido autorizada a apreender os passaportes de Do Val, mas ainda não havia conseguido cumprir integralmente a ordem.
Em nota, o senador afirmou que não descumpriu qualquer medida e negou ter sido impedido de viajar. Seu gabinete alegou que ele “não é réu nem foi condenado” e que as restrições comprometem o exercício do mandato. A defesa informou que vai tomar as providências legais cabíveis.