O governo do Irã anunciou, nesta terça-feira (24), o fim oficial da guerra contra Israel, após 12 dias de confrontos intensos. Em pronunciamento transmitido pela imprensa estatal, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou o desfecho como uma “grande vitória” para a República Islâmica, afirmando que a guerra foi “imposta pelo aventurismo israelense”.
O anúncio foi feito horas depois de entrar em vigor o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos com apoio do Catar. A trégua foi articulada pelo presidente norte-americano Donald Trump após uma escalada de ataques — incluindo o bombardeio israelense a instalações nucleares iranianas no sábado (21) e a retaliação iraniana contra uma base americana no Catar, nesta segunda-feira (23).
Apesar da trégua, os primeiros relatos desta terça indicaram violações dos termos acordados. Ainda durante a madrugada, sirenes foram ouvidas no norte de Israel e o Irã confirmou o fechamento temporário de seu espaço aéreo, embora voos comerciais já tenham começado a ser retomados sob permissões especiais.
Em tom de desafio, o aiatolá Ali Khamenei reforçou a postura intransigente do país, afirmando que “a nação iraniana não se rende”. Já o Comando Militar Conjunto do Irã emitiu um alerta a Israel e aos EUA: “Aprendam com os golpes esmagadores que receberam”.
Nos bastidores da diplomacia, Trump expressou frustração com a instabilidade do acordo. “Israel precisa se acalmar. Se continuar com ataques, será uma grande violação”, declarou o presidente americano, antes de embarcar para a cúpula da Otan, na Holanda.
O clima, embora de anúncio de paz, segue tenso e sob vigilância internacional. A comunidade internacional aguarda os próximos movimentos para confirmar se, de fato, o conflito será encerrado.
