
Mil combatentes e civis são libertados após conversas diretas inéditas desde 2022
MOSCOU / KIEV – Rússia e Ucrânia concluíram neste domingo (25) a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito em 2022, libertando mil pessoas de cada lado, entre militares e civis. A ação, que se estendeu por três dias, é considerada o passo mais concreto em direção a um possível cessar-fogo desde o colapso das negociações diplomáticas nos primeiros meses da guerra.
Segundo o Ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a operação envolveu 880 prisioneiros de guerra e 120 civis de cada lado. Somente neste domingo, 303 detidos foram repatriados. “Nossos guerreiros estão voltando para casa”, declarou Zelenskiy em mensagem no Telegram, celebrando o retorno de integrantes das Forças Armadas, da Guarda Nacional e de agências estatais.
A troca ocorre pouco mais de uma semana após as primeiras conversas diretas em mais de três anos, realizadas em 16 de maio. Embora não tenham resultado em trégua, abriram margem para negociações humanitárias. Países como os Estados Unidos e aliados europeus continuam pressionando por uma pausa imediata de 30 dias nos combates.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que, com a troca concluída, Moscou pretende apresentar uma proposta preliminar para um acordo de paz duradouro. O conflito já provocou centenas de milhares de mortes e feridos entre soldados e civis, transformando-se no mais sangrento da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.