Cidade cobra fim de impasse que ameaça Zona Franca de Manaus

Foto - Herick Pereira

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), fez um apelo direto ao Governo Federal, ao Ministério da Fazenda e à Receita Federal, pedindo a abertura imediata de negociações com os auditores fiscais em greve desde novembro de 2024. A paralisação, que já ultrapassa cinco meses, começa a comprometer seriamente o funcionamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), afetando a economia do estado.

“A economia amazonense está sendo penalizada por uma crise que não provocou. O PIM já sente os efeitos da greve com linhas de produção interrompidas, insumos parados nos portos e prejuízos acumulando. É urgente que se forme uma mesa de negociação. Não podemos deixar que o Amazonas pague mais essa conta”, afirmou Cidade.

A greve tem afetado diretamente a liberação de cargas em portos, aeroportos e zonas alfandegárias, impondo atrasos de até 30 dias. A lentidão nos processos aduaneiros já resulta na escassez de produtos no comércio local e ameaça a estabilidade do setor industrial, como alertou o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, e o presidente da CDL Manaus, Ralph Assayag.

Empresas do segmento eletroeletrônico também estão em alerta. Segundo o presidente da Eletros, Jorge Júnior, fabricantes de ar-condicionado, televisores e micro-ondas enfrentam gargalos críticos, como a falta de gás e componentes essenciais, o que pode levar à suspensão de linhas de produção e demissões em massa.

“Reconheço o direito à greve e a luta dos auditores fiscais, mas é inaceitável que a economia do Amazonas fique refém desse impasse. Estamos diante de um colapso logístico que ameaça milhares de empregos. O Governo Federal precisa agir com responsabilidade e buscar uma solução imediata”, reforçou Roberto Cidade.