Rússia intensifica guerra e lança maior ataque aéreo contra Ucrânia em 2025

Foto Stringuer via AFP

A Ucrânia sofreu um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra, na madrugada desta quarta-feira (24). De acordo com autoridades ucranianas, a Rússia lançou 70 mísseis e 145 drones contra diversas regiões do país, incluindo a capital Kiev, deixando ao menos nove mortos e 63 feridos, seis deles crianças.

A Força Aérea da Ucrânia afirmou ter identificado 215 alvos aéreos russos no total, dos quais 112 foram interceptados com sucesso pelos sistemas de defesa antiaérea. Apesar do esforço, os bombardeios provocaram incêndios em áreas residenciais, além de danos estruturais significativos. Equipes de resgate ainda buscam sobreviventes entre os escombros.

Kiev e Kharkiv, no nordeste do país, foram os principais alvos. Na capital, explosões sucessivas deixaram parte da cidade sem energia, e ao menos 42 pessoas estão hospitalizadas. O governo ucraniano classificou o ataque como uma “demonstração clara da insistência do Kremlin na invasão”, acusando diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, de promover uma escalada violenta com o “único desejo de matar”.

O chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriï Iermak, reforçou o apelo para que “os ataques a civis parem imediatamente”. O ministro das Relações Exteriores, Andri Sybiga, também condenou a ofensiva, destacando que ela representa o desrespeito de Moscou a qualquer tentativa de negociação.

Em paralelo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o líder ucraniano Volodymyr Zelensky por declarações consideradas inflamatórias sobre a Crimeia. Trump, no entanto, sinalizou a possibilidade de um “acordo muito próximo”, embora sem detalhes sobre os termos ou interlocutores.

A escalada amplia as tensões no leste europeu, no momento em que esforços diplomáticos para uma resolução parecem cada vez mais distantes.