Trump anuncia novas tarifas sobre aço e alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que imporá uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida, que será oficializada nesta segunda-feira (10), se soma às tarifas já existentes sobre esses metais.

Durante uma entrevista, Trump afirmou que também divulgará detalhes sobre tarifas recíprocas entre terça-feira (11) e quarta-feira (12), que entrarão em vigor quase imediatamente. O presidente defendeu que os EUA devem igualar as taxas cobradas por outros países. “Se eles nos cobrarem, nós os cobraremos”, declarou.

Histórico das tarifas sobre metais

No início de seu governo anterior, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. No entanto, isentou parceiros comerciais como Canadá, México e Brasil, permitindo cotas de importação sem tributação adicional.

Posteriormente, o presidente Joe Biden estendeu essas isenções para o Reino Unido, Japão e a União Europeia (UE). Ainda assim, a utilização da capacidade das usinas siderúrgicas nos EUA caiu nos últimos anos.

Segundo o American Iron and Steel Institute, os principais fornecedores de aço para os EUA são Canadá, Brasil e México, seguidos por Coreia do Sul e Vietnã. No setor de alumínio, o Canadá lidera as exportações para os EUA, representando 79% do total importado nos primeiros 11 meses de 2024. O México também tem papel relevante no fornecimento de sucata e ligas de alumínio.

Impacto das tarifas recíprocas

Trump também destacou que concederá uma entrevista para detalhar as tarifas recíprocas, defendendo que os EUA precisam ser tratados de forma justa por outros países.

Um dos principais pontos levantados pelo presidente é a diferença nas tarifas automotivas. Ele critica o fato de a UE impor uma taxa de 10% sobre veículos americanos, enquanto os EUA cobram apenas 2,5% sobre automóveis europeus. Segundo Trump, a Europa limita a entrada de veículos americanos, enquanto exporta milhões de unidades para os EUA anualmente.

Atualmente, os EUA já aplicam uma tarifa de 25% sobre caminhonetes importadas, um segmento lucrativo para montadoras como General Motors, Ford e Stellantis. A ampliação das tarifas pode provocar reações de parceiros comerciais e impactar o mercado global de metais e automóveis.